Flordelis e Anderson tinham relações sexuais com filhos, diz pessoa que viveu com o casal.
Brasil
Publicado em 01/09/2020

Uma pessoa que morou na casa da deputada federal Flordelis (PSD) afirmou que ela e o ex-marido assassinado, pastor Anderson do Carmo, mantinham relações sexuais com filhos e filhas. A pessoa, que prefere se manter no anonimato, disse ao RJ2 que tem medo de sofrer represálias da família da deputada.

Como mostrado pela equipe de reportagem nesta segunda-feira (31), a pessoa afirmou que morou na casa de Flordelis – informação que é reforçada por testemunhas ouvidas na investigação sobre a morte do pastor Anderson, crime que Flordelis é acusada de ser a mandante. No relato exclusivo ao RJ2, as histórias desconstroem a imagem de mãe amorosa e mulher bem intencionada que Flordelis exibia. "O que era perceptível, é que ela mantinha um número para manter o marketing pessoal dela, de 50 crianças adotadas", afirmou a pessoa. Também segundo o depoimento, o "Ministério Flordelis" – uma espécie de congregação – servia para arrecadar dinheiro e sustentar os luxos da deputada. "Tanto Flordelis quanto Anderson do Carmo não tinham nenhum tipo de emprego, nenhum tipo de renda. E este marketing, das 50 crianças, praticamente era a única fonte de renda que eles possuíam." E o dinheiro recebido, segundo o depoimento, não era pouco. "Ela cantava nas igrejas, recebia as ofertas. O dinheiro circulava em grande quantidade, na verdade, na casa. (...) Regalias e carro do ano, bons restaurantes, era isso que era destinado." Só que os privilégios não eram para toda a família. "Tinha diferença de tratamento. Algumas crianças tinham certos privilégios. Outros não tinham tantos privilégios quanto os primeiros", detalhou a pessoa. "Existia na casa, sim, uma geladeira que não ficava, na época, no quarto da missionária Flordelis. Essa geladeira ficava na cozinha, porém ela tinha cadeado e grade. Ficava trancada e só quem tinha acesso à chave era Anderson, missionária Flordelis e Carlos, que era quem cuidava de toda a alimentação da casa", acrescentou.

Seguindo o relato, alguns integrantes da família de Flordelis comiam determinados alimentos, mas a grande maioria tinha outro tipo de refeição. "Batata frita para os mais privilegiados, bife... E para outras crianças sempre era frango, sempre era uma comida um pouco de menos valor." Os relatos são confirmados por outros depoimentos. Um obreiro da igreja disse à polícia que a casa recebia doações de comida e que percebeu que a melhor parte ia para determinado núcleo familiar.*G1

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