Pacientes reclamam que estão retrocedendo na fila do Sistema de Regulação (Sisreg), utilizado para ordenar a realização de cirurgias. "Minha ginecologista disse que meu caso é cirúrgico e que eu preciso passar por uma operação. Então ela me encaminhou à fila do Sisreg. De lá para cá, estou na expectativa, esperando chegar a minha vez. Só que para minha surpresa, na última vez que eu entrei, em junho, minha posição era a de número 658. Entrei novamente em agosto e vi que havia passado para o número 671 – ou seja, ao invés de avançar, retrocedi 13 posições", disse Solange Santos Ribeiro Ferreira, que há um ano espera na fila. Há seis anos, o paciente José Osmar, de 78 anos, aguarda pela colocação de um stent – pequeno tubo inserido no paciente para a permitir a circulação sanguínea.

Outros problemas

Ao longo desse tempo de espera, ele passou a ter outros problemas de saúde, além do infarto que o obriga a passar por esse procedimento cirúrgico. Há dois anos ele tenta uma consulta com um ortopedista e uma cirurgia de catarata. Mesmo assim, ainda não foi chamado. "Já mandei e-mail para a Ouvidoria e também direto para a Secretaria de Saúde. Tive alguns retornos, dizendo que ele estava na fila e que seria chamado, mas isso nunca aconteceu. Ele está na fila do Sisreg para três especialidades, mas nunca é chamado", reclamou Cristiane Rapozo, filha de José Osmar. A Prefeitura do Rio informou não fazer a colocação de stent - segundo o município, esse procedimento é realizado apenas pelo Estado. Ainda de acordo com a prefeitura, procedimentos eletivos, como a cirurgia de catarata foram suspensos durante a pandemia. Operações como essa estão sendo retomadas de forma gradual.

A Prefeitura do Rio não respondeu sobre o retrocesso na fila do Sisreg ocorrida com a paciente Solange.*G1