Ainda não há evidências científicas suficientes que possam garantir ou afastar totalmente o papel da vitamina D na imunidade e no combate ao coronavírus. Entretanto, o consumo deste suplemento sem acompanhamento médico pode ser prejudicial. A recomendação para uso de suplemento de vitamina D é feita apenas para pacientes com deficiência desta substância, após consulta e avaliação médica. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) e a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso) disseram, ainda em abril, que não havia nenhuma indicação aprovada para prescrição de suplementação de vitamina D para a Covid-19.
As entidades alertaram para os riscos do consumo indiscriminado desta substância, sem qualquer acompanhamento profissional. Segundo o comunicado, o excesso de vitamina D sintética pode causar:
· aumento da reabsorção óssea
· risco de quedas e fraturas
· hipercalcemia (níveis altos de cálcio no sangue)
· hipercalciúria (excesso de cálcio na urina)
· insuficiência renal
· crises convulsivas
· morte
A produção de vitamina D pelo corpo, de forma natural, é ativada a partir da exposição ao sol. O consumo de sua versão sintética é apenas prescrita para pacientes com deficiência neste mecanismo do corpo. A vitamina D, ao contrário de outras vitaminas – como a vitamina C –, não é eliminada pelo corpo em caso de consumo exagerado. Por ser lipossolúvel, acaba se acumulando no organismo e não deve ser consumidas sem recomendação médica.*G1— Foto: Anna Shvets/Pexels