Bolsonaro desautoriza Onyx e diz que não havia liberado antecipação de auxílio emergencial.
23/04/2020 12:08 em Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira, que o anúncio da antecipação da segunda parcela do auxílio emergencial — posteriormente revogada — foi feito sem a sua autorização. O anúncio havia sido feito, na segunda-feira, em uma coletiva no Palácio do Planalto na qual participaram o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni. Na quarta-feira, o Ministério da Cidadania voltou atrás e informou que a antecipação não iria acontecer devido à falta de recursos. O comentário de Bolsonaro foi feito em uma publicação em sua página no Facebook. Uma seguidora afirmou que o governo havia "cancelado" o auxílio e perguntava como o povo iria "sobreviver". O presidente, então, respondeu que "nada foi cancelado" e que "um ministro anunciou sem estar autorizado que iria antecipar a segunda parcela". "Primeiro se deve pagar a todos a primeira parcela, depois o dinheiro depende de crédito suplementar já que ultrapassou em quase 10 milhões o número de requerentes. Tudo será pago no planejado pela Caixa", completou Bolsonaro na rede social. De acordo com a nota divulgada pelo Ministério da Cidadania na quarta-feira, as três parcelas do auxílio vão exigir um desembolso de R$ 32,7 bilhões cada uma e que já foram transferidos para a Caixa R$ 31,3 bilhões. Um  contingente de 12 milhões de trabalhadores ainda não receberam a primeira parcela. O cronograma de pagamento da segunda parcela, previsto para começar nesta quinta-feira até quarta-feira que vem, dia 29, só será anunciado em maio, segundo a nota. O Ministério menciona ainda que foi alertado pela Controladoria Geral da União (CGU) sobre a questão orçamentária. Até as 7h desta quinta-feira, de acordo com balanço da Caixa, foram finalizados 45,9 milhões de cadastros no aplicativo e site por trabalhadores que não estão inscritos no Cadastro Único do governo e pleiteiam o auxílio.  Nesta semana, o Senado aprovou projeto que amplia categorias que vão receber o auxílio emergencial de R$ 600, desde que atendam os critérios de renda. O texto também prevê a extensão da ajuda a mães adolescentes solteiras - antes era preciso ter ao menos 18 anos - e  pais solteiros, que como as mães chefes de família, receberão R$ 1,2 mil.*G1Foto: Jorge William

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