O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta quinta-feira (2) que, se for preciso, o Brasil vai enviar aviões para a China para buscar equipamentos para o combate ao coronavírus e para o tratamento de pacientes.
Mandetta deu uma entrevista coletiva em Brasília ao lado do procurador-geral da República, Augusto Aras.
O ministro afirmou que o Brasil tem assinado contratos de compras de equipamentos com empresas do país asiático. No entanto, segundo Mandetta, há uma demanda muito grande em todo o mundo por material de combate ao coronavírus, o que pode dificultar a entrega por parte dos chineses (responsáveis por grande parte da produção mundial). Por isso, de acordo com o ministro, o Brasil vai se organizar para buscar os equipamentos, se for necessário. "Se falarem que o equipamento está lá na China, vamos fazer a logística internacional. Vamos mandar aviões, vamos fazer a nossa logística, com voo de companhia brasileira, com voo de FAB [Força Aérea Brasileira], para que possa ter um mínimo de equilíbrio no sistema", afirmou o ministro. Mandetta afirmou que nesta quarta (1º), por exemplo, o governo brasileiro fechou a compra de R$ 1,2 bilhão em respiradores com a China. Isso não significa, segundo ele, que há garantia de que os aparelhos serão prontamente entregues.
"Questão de 15 dias atrás, China falou: 'ok, já posso começar a vender'. Entrou a demanda reprimida de todo mundo que já precisava para rotina, mais o excedente dos países que já estavam sob situações epidêmicas. É lógico que, por mais que produza, você tem hoje um momento muito intenso de ajuste de toda a produção e a logística", afirmou. Segundo o ministro, todos os estados do Brasil, no momento, têm um "bom grau" de abastecimento do material necessário para o combate ao coronavírus. "Todos os nossos estados estão abastecidos com um bom grau de abastecimento. Teve estado nesse final de semana pedindo pra parar de entregar porque não tem nem almoxarifado pro tanto de material que estamos mandando", disse.*G1