PACIENTE COM CORONAVIRUS ENTRA NA JUSTIÇA PARA VISITAR MULHER EM UTI.
16/03/2020 14:48 em Brasil

O empresário cuja mulher está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília, com estado de saúde classificado como grave e diagnosticada com coronavírus, entrou na Justiça para visitá-la. Ele, que também foi infectado pela doença, requer a liberação do isolamento domiciliar a partir do próximo domingo (22). De acordo com a advogada Claudia Rocha, que defende o casal, a quarentena do empresário completará 14 dias - prazo determinado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal para pacientes com risco de transmissão do Covid-19. “A ideia é que ele retome as atividades normais, como trabalhar no escritório e também possa ter contato com as filhas e, se autorizado pelos médicos, visitar a mulher. É importante destacar que ele não possui nenhum sintoma do coronavírus e está cumprindo isolamento desde antes de se submeter ao exame que detectou a doença”, explicou Claudia Rocha. Na petição protocolada no Tribunal de Justiça de Brasília, Claudia alega que o empresário fez os exames no último dia 9 - antes, portanto, de a Procuradoria Geral daquele estado ter ajuizado ação determinando a realização dos testes. O casal chegou de viagem a Europa no dia 26 de fevereiro.

TRANSFERÊNCIA DE HOSPITAL

Em 4 de março, a advogada foi internada apresentando mal-estar e dificuldade respiratória, no Hospital Daher. No dia seguinte, ao ter a confirmação da infecção pelo coronavírus, o hospital privado teria imposto a transferência da paciente para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran). O marido eve confirmada a infecção pela doença dias depois. Ele chegou a ser criticado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal por não ter obedecido a orientação para ficar em isolamento. Nas duas unidades hospitalares, ele se manteve ao lado da mulher. Em nota, o empresário afirmou que precisava estar ao lado da esposa "em um momento difícil de sua vida, ao vê-la em estado precário de saúde, tendo que ser transferida de uma unidade hospitalar para outra." E ponderou: "Como exigir de um ser humano que é esposo e pai, um comportamento diverso do que teve, na tentativa única de procurar socorro médico para sua esposa?".*G1 Foto: Reprodução TV Globo

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