A Polícia Civil afirmou que o anúncio de doação de uma criança de 1 ano em um aplicativo de compra e venda em Rio Branco é falso e que agora quer chegar ao autor da postagem. O anúncio foi publicado no site da OLX na segunda-feira (24). O caso foi denunciado ao Conselho Tutelar de Rio Branco no sábado (22), que acionou a polícia e o Ministério Público. O site da OLX emitiu uma nota informando que removeu anúncio da plataforma em menos de uma hora depois da publicação e bloqueou usuário.
“A OLX detectou e removeu o anúncio da plataforma em menos de uma hora após sua publicação e bloqueou o usuário. A empresa reforça que o ocorrido vai contra os Termos e Condições de Uso da plataforma e está revendo seus processos com o objetivo de aumentar a eficácia dos mecanismos que impedem a publicação de conteúdos proibidos. A OLX está à disposição das autoridades para colaborar no que for necessário para a apuração dos fatos”, disse em nota. O delegado geral de Polícia Civil, Henrique Maciel, afirmou que o inquérito foi encaminhado para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) para tentar saber qual o verdadeiro intuito da postagem e também de onde partiu. O inquérito tem um prazo de 30 dias para ser concluído. “Na verdade, logo no primeiro momento, nosso corregedor começou a investigação e restou constatado que não havia nenhuma criança naquela situação. Evidentemente, determinou a abertura do inquérito para gente aprofundar, saber de onde partiu, quem postou e saber qual o propósito daquela situação”, disse Maciel. No anúncio, a pessoa alega que está doando a criança por motivos financeiros. É colocado um nome do menino e a idade, seguido de um elogio: "muito fofo". O contato do anunciante vem logo abaixo.
Em uma rede social, uma internauta também denunciou o caso. Ela diz que a mãe dela chegou a conversar a mulher que fez a postagem. No print da conversa, a mulher confessa que mora no bairro Calafate. Ainda segundo a Polícia Civil, as pessoas que chegaram a fazer contato com o anunciante da doação devem ser ouvidos na delegacia.*G1— Foto: Reprodução