As equipes de saúde entram de quarto em quarto para colher as amostras. Os profissionais usam macacões que cobrem o corpo todo, luvas, máscaras e óculos de proteção.
"É rápido, mas um pouco desconfortável", disse o piloto de avião Mauro Hart, que faz parte do grupo de brasileiros que voltou da China e está em quarentena.
Os 34 repatriados e 24 profissionais que os buscaram em Wuhan - epicentro do surto do vírus - têm ainda dez dias de isolamento previstos. O primeiro exame foi feito com amostras colhidas no dia 9, quando eles pousaram na cidade goiana. O resultado saiu dois dias depois e apontou que nenhum deles apresentava indícios de contaminação.
No entanto, o período de incubação da doença é de 14 dias. Por isso as forças que integram a Operação Regresso decidiram, por cautela, mantê-los isolados por 18 dias.
A SES informou que "técnicos do Lacen e a superintendente de vigilância em saúde estão capacitados e foram designados para realizarem essas coletas". Segundo o órgão, são sete pessoas responsáveis por essa coleta, "formando três equipes de coleta com 2 profissionais cada e um profissional para o apoio".
A secretaria disse que, para realizar o exame, são retiradas dos pacientes amostras de "secreção de naso e orofaringe". Para isso, eles usam hastes com algodão na ponta.
Para que o material colhido chegue em segurança e sem alterações prejudiciais ao laboratório, eles "são acondicionados em tubos" e "mantidos em caixa de transporte contendo gelo reciclável para manter a temperatura entre 2 e 8°C".
Chegando ao Lacen, as hastes "são processados para obtenção do material celular" e depois passam por análise para detectar o coronavírus.