Lista de criminosos mais procurados do Brasil tem traficante e milicianos do RJ; veja quem são
Brasil
Publicado em 31/01/2020

lista dos criminosos mais procurados do Brasil, divulgada nesta quinta-feira (30) pelo Ministério da Justiça, apontou que três suspeitos do Rio de Janeiro estão entre os mais perigosos do país. Na lista, estão os milicianos Ecko e Tandera e o traficante Leomar, conhecido como Playboy.

Segundo a polícia, Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko, controla a maior milícia do estado do Rio de Janeiro desde 2017. Ele assumiu a chefia da organização criminosa desde a morte de seu irmão Carlos Alexandre Braga, chamado de Carlinhos Três Pontes.

O grupo paramilitar comandado por Ecko domina regiões da Zona Oeste do Rio e regiões da Baixada Fluminense, extorquindo comerciantes e moradores. Em 2018, ele fugiu de uma operação policial, que prendeu 142 pessoas ligadas à milícia e apreendeu sete menores suspeitos de integrar o grupo criminoso.

Outro que está na lista de mais procurados do país é Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera. Ele é um dos homens de confiança de Ecko em uma milícia que atuam em Seropédica e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

 

A suspeita é de que o criminoso lave dinheiro oriundo de atividade criminosa da milícia, adquirindo bens de luxo, como mansões, cavalos de raça, carros, entre outros.

O traficante Leomar Oliveira Barbosa – que tem os pseudônimos Leozinho e Playboy – é o terceiro integrante do Rio na lista. Membro da maior facção criminosa do Rio, ele tem ligação com as Farc e foi braço direito de Luis Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

Playboy tem atuação nacional e internacional e está foragido após ser solto irregularmente do Presídio Estadual de Formosa, no Entorno do Distrito Federal. Ele é um dos acusados de enviar cocaína ao Paraguai através de um aeroclube em Atibaia, em São Paulo.

Moro diz que lista pretende facilitar prisões

 

A plataforma será atualizada mensalmente e pode ser acessada online através de um site. O ministro da Justiça, Sérgio Moro, afirmou que o objetivo é divulgar os dados para facilitar que os criminosos sejam encontrados.

 

"São indivíduos extremamente perigosos, todos eles com mandados de prisão, decorrentes de condenações ou prisões cautelares. Alguns deles, inclusive, não se exclui a possibilidade que estejam foragidos no exterior, e a divulgação dessa lista tem a virtude de facilitar que esses indivíduos sejam encontrados, os mandados sejam cumpridos e eles sejam levados às cortes de Justiça ou para que as condenações sejam cumpridas e eles possam responder pelos crimes", afirmou Moro.

De acordo com a pasta, a análise seguiu 11 critérios, entre os quais:

 

  • atuação interestadual e transacional (criminoso que é do Brasil, mas que atua em outros países também);
  • rede de relacionamento;
  • posição de liderança em organização criminosa violenta;
  • capacidade financeira.
  • A escolha dos nomes, segundo o MJ, levou em conta a avaliação de profissionais com experiência e atuação em crimes violentos e de agentes policiais estaduais e federais.

 

O projeto não leva em consideração os criminosos com atuação local e crimes que não possuam vínculo com organizações criminosas.

Moro disse que a divulgação de uma lista desse tipo "não era uma prática no Brasil", apesar de ser uma iniciativa comum em sites de agências policiais ou ministérios de segurança pública de outros países.

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