Mãe de crianças mortas em incêndio criminoso em Paraty recebe alta
Brasil
Publicado em 28/01/2020

A mãe das três crianças mortas em um incêndio criminoso em Paraty, na Costa Verde do Rio de Janeiro, recebeu alta nesta terça-feira (28). A casa foi incendiada no bairro Ilha das Cobras, na sexta-feira (24). Dara Cristina de Almeida Santos Souza, de 25 anos, é a única sobrevivente do crime.

Ela estava internada em um hospital em Angra dos Reis e foi levada para Paraty por uma ambulância da prefeitura. Segundo a unidade médica, ela continua muito abalada com os acontecimentos.

Dara havia sido socorrida e levada para o Hospital Municipal Hugo Miranda, em Paraty. Segundo a unidade médica, a paciente inalou muita fumaça e chegou a ficar entubada, respirando com ajuda de aparelhos.

 

Na tarde de sexta-feira (24), Dara foi transferida para o outro hospital. A ambulância usada no transporte foi acompanhada por uma escolta da polícia.

Dara prestou depoimento na tarde de segunda-feira (27) no hospital em que ela estava internada. Segundo a Polícia Civil, a partir de agora vai ser enviado um relatório conclusivo à Justiça. Esse relatório é feito depois que o autor, a vítima e testemunhas são ouvidas e o laudo técnico é concluído.

 

Justiça decretou prisão preventiva de padrasto das crianças

 

A Justiça decretou na tarde de segunda-feira a prisão preventiva do padrasto das três crianças, ex-companheiro de Dara. A decisão foi tomada em uma audiência de custódia na Casa de Custódia de Volta Redonda, onde ele está desde sábado (25).

O pedido de conversão de prisão em flagrante para prisão preventiva foi baseado em três fatores: garantia da ordem pública, por ele ser considerado uma pessoa perigosa, instrução processual penal, para não atrapalhar as investigações e aplicação da lei penal, para impedir que ele consiga fugir.

O homem foi preso na sexta-feira (24). De acordo com o delegado Marcello Russo, sete testemunhas foram ouvidas para a conclusão do caso, incluindo a avó e a babá das crianças.

Ainda segundo o delegado, a motivação do crime teria sido ciúmes da companheira. O homem queria se livrar delas para ficar só com a mulher. Em depoimento, o suspeito tentou culpar o filho mais novo da companheira, de 5 anos, e disse que ele teria colocado fogo nos colchões do quarto por ser um "menino levado".

O delegado informou ainda que o homem era usuário de drogas.

O suspeito vai responder por três homicídios qualificados por emprego de fogo, agravados pelo fato das vítimas terem menos de 14 anos, além de tentativa de feminicídio e crime de incêndio em local habitado.

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