Irmãs que fazem aniversário juntas dão à luz no mesmo dia.
17/01/2020 08:48 em Brasil

Duas irmãs pernambucanas que nasceram no mesmo dia, com sete anos de diferença, deram à luz dois bebês na mesma data, no Recife, sem agendar o parto. Lauryanne Costa e Luciares Araújo, de 32 e 39 anos, respectivamente, pretendiam ter os filhos em parto normal, mas ambas precisaram fazer cesarianas. Elas não sabiam que, além de compartilhar o dia do aniversário, teriam tanto a dividir uma com a outra. Luciares nasceu no dia 14 de julho de 1980. No dia do aniversário de sete anos dela, em 1987, nasceu a irmã, Lauryanne. Elas são as irmãs mais  velha e mais nova, respectivamente, entre as três filhas de José e Lúcia, moradores de Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco. A primeira a dar à luz foi Lauryanne, que teve Joaquim às 9h15 do dia 12 de janeiro, no Hospital Memorial São José, na área central da capital pernambucana. A gestação tinha atingido 41 semanas e, para não provocar riscos ao bebê, a obstetra decidiu realizar a cirurgia. Luciares, então com 39 semanas, esperava ter Mariana dias depois, quando completaria 40 semanas. Entretanto, ao visitar a irmã mais nova e a sobrinha no hospital, ela descobriu que estava com dois centímetros de dilatação. A médica, então, decidiu mandá-la para casa, já que, mesmo em trabalho de parto, o nascimento do bebê deveria ocorrer mais tarde ou mesmo no outro dia. "Fiquei grávida e, uma semana depois, Luciares disse que achava estar grávida. Eu pensei 'mentira', porque já é uma coincidência termos nascido no mesmo dia. Não quisemos agendar o parto, queríamos normal. Contratamos a mesma equipe de doulas e obstetra, no mesmo hospital, mas não foi para sermos iguais, mas porque obtivemos referências positivas e queríamos essa equipe", afirmou Lauryanne. Horas depois, com dores, Luciares precisou voltar à maternidade e já estava com oito centímetros de dilatação. O parto, até então, seria normal, mas depois de quatro horas tentando dar à luz, a escolha da obstetra, que foi a mesma médica que acompanhou a irmã, Lauryanne, foi de optar pela cesariana. Mariana, então, nasceu às 18h15, exatamente nove horas depois do primo Joaquim. "O que aconteceu foi que o bebê dela atrasou alguns dias e a minha, se antecipou alguns dias. Eu dizia que queria que Mariana nascesse depois, porque eu queria acompanhar o parto dela, mas meu marido dizia que era muita emoção. Mas é que, como moro em Garanhuns [no Agreste], não nos veríamos por um tempo depois do nascimento", declarou Luciares. Para as duas irmãs, a gravidez foi uma experiência compartilhada, desde os sintomas físicos e emocionais às experiências de como aliviá-los. "A gravidez foi tranquila, mas tive enjoo, enxaqueca, refluxo e por aí vai. Ficávamos no WhatsApp ou em chamada de vídeo falando sobre os sintomas. Era 'tu teve isso?' e a outra 'tive, faz tal coisa'. Mas Luciares vinha todo mês para a médica e a gente aproveitava para se encontrar", afirmou Lauryanne. Depois de sair da maternidade, os dois primos, Joaquim e Mariana, ainda não se encontraram. O reencontro ainda não foi marcado. Por morar em Garanhuns, Luciares alugou um apartamento no Recife, no dia 22 de dezembro de 2019, para esperar a chegada da bebê, mas decidiu voltar ao interior dias depois do parto. "Eu, por ser a mais velha, sempre tive uma relação de muito cuidado com Lauryanne. Pegava no colo, ajudava a cuidar, tinha ciúmes. E como eu já tinha tido um filho, ajudava ela em alguns sintomas. Ela sempre tinha antes e eu, depois. Quando tinha enjoo, por exemplo, ela tinha primeiro e eu dizia 'toma suco de limão de manhã'. Logo depois, eu tinha. Foi muito boa essa troca", disse Luciares.*G1 FOTO: Memorial São José/Divulgação

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