A Polícia Civil confirmou, na manhã desta quinta-feira (16), a terceira morte provocada pela síndrome nefroneural em Belo Horizonte. A doença tem sido vinculada ao consumo da cerveja artesanal Belorizontina, da fabricante Backer. A vítima é um homem de 89 anos, que não teve a identidade divulgada até a última atualização desta reportagem. O paciente morreu no Hospital Mater Dei, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, por volta das 2h50. O corpo deve passar por exames e perícia no Instituto Médico-Legal (IML).
Resumo:
· Uma força-tarefa da polícia investiga 18 notificações de pessoas contaminadas após consumir cerveja; três morreram;
· Os sintomas da síndrome nefroneural incluem náusea, vômito e dor abdominal, que evoluem para insuficiência renal e alterações neurológicas;
· O Ministério da Agricultura identificou sete lotes de cerveja da Backer contaminados com dietileglicol, um anticongelante tóxico;
· A Backer nega usar o dietilenoglicol na fabricação da cerveja;
· A cervejaria foi interditada, precisou fazer recall e interromper as vendas de todos os lotes produzidos desde outubro;
· Diretora da cervejaria disse que não sabe o que está acontecendo e pediu que clientes não consumam a cerveja.
Na quarta-feira (15), a segunda morte pela síndrome havia sido confirmada. Trata-se de Antônio Márcio Quintão de Freitas, de 76 anos. O corpo dele deve ser enterrado às 11h desta quinta-feira. Permanece sob investigação a morte de uma mulher em Pompéu, Região Centro-Oeste do estado. A primeira vítima da síndrome a morrer foi Paschoal Dermatini Filho, de 55 anos. Ele estava internado em Juiz de Fora e morreu em 7 de janeiro.*G1 — Foto: Reprodução/TV Globo