'Liberdade total', diz presidente da Petrobras sobre preço dos combustíveis.
Brasil
Publicado em 07/01/2020

O presidente da Petrobras, Roberto Castelo Branco, afirmou na segunda-feira (6) que há "liberdade total" no Brasil para os preços de derivados de petróleo, como os combustíveis, e que não acredita em uma crise econômica motivada pelo acirramento das relações entre Estados Unidos e Irã.

“Eu não recebi em nenhum momento pedido, pressão, sugestão para baixar o preço, para fazer isso ou fazer aquilo. Existe liberdade total na prática para o preço de qualquer derivado de petróleo”, disse. Desde 2017, a Petrobras tem repassado às distribuidoras as oscilações do mercado internacional e do câmbio, que incidem sobre o preço do barril de petróleo. Na sexta (3), Bolsonaro afirmou que o governo não iria interferir no mercado de combustíveis. A escalada de tensão entre EUA e Irã, dois dos principais produtores mundiais de petróleo, começou na última quinta (2), quando o governo Trump anunciou ter assassinado o segundo homem mais poderoso do Irã, Qassem Soleimani. Desde então, os dois países trocaram ameaças de retaliação e novos ataques. Na sexta (3), dia seguinte ao ataque, o preço dos contratos futuros do barril de petróleo teve uma alta de 3,54% e chegou a US$ 68,60. Nesta segunda-feira, o barril chegou a bater os US$ 70, mas recuou para US$ 68,41 no início da noite. "Nós achamos pouco provável que uma crise política acabe resultando em uma crise econômica como houve no passado. O polo dinâmico de crescimento da produção de petróleo não é mais a Opep [Organização dos Países Exportadores de Petróleo], são os países fora da Opep e, principalmente os Estados Unidos", declarou Castelo Branco. Segundo o presidente da Petrobras, os Estados Unidos têm capacidade de reagir rapidamente a preços, e isso desarma a possibilidade de um preço elevado se manter “por um período razoavelmente longo”. Castelo Branco participou de uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone.*G1

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