A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a pista do aeródromo de Monte Verde, distrito de Camanducaia (MG), onde um avião de pequeno porte caiu durante a decolagem na quarta-feira (1º), não tinha permissão para funcionar. Segundo o órgão, o local foi excluído do cadastro em março de 2015 e, desde então, não são permitidos pousos e decolagens. O acidente aconteceu por volta de 18h30. Segundo os bombeiros, o piloto, Amado Alves de Oliveira, de 79 anos, perdeu o controle quando tentava pegar velocidade para levantar voo. Ele estava com a neta, Ana Beatriz de Oliveira, de 16 anos, ambos de Monte Verde. Equipes de resgate retiraram as vítimas das ferragens. O piloto foi encaminhado para a Santa Casa de Camanducaia, enquanto a neta foi levada para o pronto socorro de Monte Verde. Segundo os familiares, Oliveira é piloto profissional desde que tinha 40 anos e trata a aviação como hobby. Ele tem um hangar no aeródromo e costuma voar com os familiares. "Diz o meu irmão que tinha um buraco lá, ele foi sair, o avião deu uma decoladinha para a esquerda e saiu da pista", diz Pedro Maciel de Oliveira, filho do piloto. Pedro releva ainda que sabia que a pista não estava regular. "Não é legalizada. Porque estava bloqueada. E ele fez esse voozinho lá, mas sempre fazia", conta. "[Ia] fazer um voo normal, estava passeando". Segundo a Anac, informações serão encaminhadas à gerência de fiscalização do órgão para que as medidas necessárias sejam tomadas contra os responsáveis pelo local. A agência diz ainda que eles poderão ser responsabilizados criminalmente e que "pilotos que, por ventura, utilizem o espaço também podem receber penalizações desde multas a cassação da licença".*G1 — Foto: Arquivo pessoal