Em alta desde outubro, os preços das carnes de frango e porco devem cair no início de 2020, segundo avaliação dos frigoríficos do setor nesta quinta-feira (12). Os valores, no entanto, seguirão num patamar maior do que o praticado antes da disparada de preços, ocorrida há 2 meses. A associação que representa os frigoríficos do setor (ABPA) diz que o preço da carne de frango, por exemplo, ficou estável por três anos e que o ajuste é normal para o momento do mercado. Como comparação, a entidade diz que a valorização da carne de frango foi apenas a metade do que a que ocorreu com a carne bovina. Essa baixa deve seguir a tendência de preços da carne bovina em 2020, conforme previsão feita pelas indústrias na terça-feira. A avaliação da ABPA é de que, no ano que vem, a carne que vai continuar mais valorizada será a de porco. "Os preços estão em elevação, com mercado interno aquecido e exportações também. Eu imagino que, em 2020, nós não voltaremos para os preços de 2018 e 2019. O patamar será maior, mais relvante para os suínos", diz o diretor-executivo da ABPA, Ricardo Santin.
Em coletiva à imprensa em São Paulo, o setor apresentou os números do ano e trouxe as principais influências para a alta na cotação das duas proteínas:
· Peste suína africana e o apetite chinês;
· Dólar mais alto;
· Falta de oferta de animais no mundo;
· Alta nos preços da carne bovina;
· Milho utilizado na ração dos animais ficou mais caro.
Desses fatores, a ABPA acredita que dois deles deverão continuar no próximo ano e, assim, pressionar os preços das carnes suína e de frango: a peste suína africana na China e o alto custo de produção.*G1 — Foto: REUTERS/Stringer