2,6 mil casos suspeitos de pacientes afetados por malformações do zika ainda são investigados depois de 4 anos.
Brasil
Publicado em 06/12/2019

Ministério da Saúde divulgou na quinta-feira (5) os números dos últimos 4 anos desde o início da epidemia do vírus da zika no Brasil. Ao todo, nos anos de 2015, 2016, 2017, 2018 e de janeiro a outubro de 2019, foram 18.282 casos suspeitos de alterações no crescimento ou desenvolvimento de crianças. Destes, 2.659 (14,5%) ainda estão sob investigação. Números de 8 de novembro de 2015, quando a epidemia foi declarada, até 5 de outubro deste ano:

·         18.282 casos suspeitos foram notificados

·         2.241 deles foram excluídos (12,3%) após investigação

·         2.659 ainda estão sob investigação

·         13.382 casos tiveram a investigação encerrada

 

Entre esses 13 mil casos analisados nestes 4 anos, as alterações de crescimento ou desenvolvimento das pessoas infectadas pelo zika foram confirmados 3.474 (19%). Outros 743 foram classificados como prováveis, 8.550 foram descartados e 615 foram inconclusivos. Mais de 85% dos casos confirmados de malformação devido ao zika ocorreram em recém-nascidos ou crianças. Os outros, quase 15%, eram fetos, natimortos, ou geraram abortos, óbitos neonatais e infantis. De acordo com o ministério, 62% recebem atendimento na atenção primária e 60% na atenção especializada do Sistema Único de Saúde (SUS).

O vírus da zika foi detectado pela primeira vez no Nordeste. E é lá que ocorreram mais da metade dos casos suspeitos da síndrome congênita que virou epidemia entre os anos de 2015, 2016 e início de 2017. Deste então, Bahia e Pernambuco foram os estados mais afetados da região, somando 1.037 infecções confirmadas. A epidemia do vírus da zika, identificado pela primeira vez em 1947 em macacos em uma floresta de Uganda, foi detectado no Brasil no final de 2015. As crianças passaram a nascer com microcefalia, com perímetro da cabeça menor do que o comum. Depois de identificar mais sintomas relacionados à infecção, os cientistas passaram a identificar os problemas de crescimento e desenvolvimento como “síndrome congênita do zika”. Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a síndrome é um conjunto de malformações e problemas apresentados por bebês que tiveram mães infectadas pelo vírus da zika durante a gestação. A microcefalia é só uma das consequências. As crianças também podem ter o sistema nervoso central afetado, apresentando epilepsia, deficiências auditivas e visuais, prejuízo no desenvolvimento psicomotor, bem como efeitos negativos sobre ossos e articulações.*G1 — Foto: Pixabay/Divulgação

 

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