Filha pede ajuda após salvar mãe que levou 20 facadas do marido em SP.
04/11/2019 08:34 em Brasil

"Foi uma coisa totalmente inesperada. Meu pai nunca tinha sido agressivo com a minha mãe, comigo, meu irmão ou qualquer outra pessoa. Ninguém acredita que ele foi capaz de fazer isso", desabafa a advogada Aline Pereira Inácio dos Santos, de 23 anos, que presenciou o momento em que o pai esfaqueou a mãe da jovem e, em seguida, se matou. Em entrevista ao G1 nesta segunda-feira (3), a advogada relatou que presenciou todo o ocorrido, além de ajudar a mãe, de 54 anos, a escapar das agressões. "Eu estava dormindo no meu quarto e eles no deles. Por volta das 4h, eu escutei a minha mãe gritando e corri para socorrer", afirma. Ela conta que, ao chegar no quarto dos pais, encontrou a mãe deitada e o pai, um motorista, de 53 anos, em pé ao lado da esposa, com uma faca nas mãos e desferindo golpes contra a mulher. "Eu corri para cima dele, para impedir ele de continuar, e minha mãe saiu correndo. Acabamos entrando em uma luta para ele não continuar". A advogada conta que não se feriu durante o conflito e que, pouco tempo depois, conseguiu abrir a porta de casa para fugir com a mãe. "No meio da confusão, eu ainda tentei achar uma chave para abrir a porta e tirar minha mãe de lá. Consegui, mas nessa hora meu pai veio até a gente e se iniciou outra luta". "Depois que eu cheguei no quarto, minha mãe saiu correndo e foi tentar sair de casa, mas ele foi atrás. Nesse momento, ele tirou a própria vida e acabou caindo em cima da minha mãe, o que fez com que ela deslocasse o ombro. Depois disso, eu deixei ela no quintal até a chegada da ambulância", conta Aline.

 

Arrecadação

 

Na web, Aline criou uma campanha de arrecadação virtual para transferir a vítima para um hospital particular. "Está sendo uma corrida contra o tempo, não sabemos que tipo de complicações ela pode ter hoje ou amanhã e meu medo é que, se isso acontecer, ela não tenha a assistência necessária". A advogada explica que a meta busca cobrir possíveis gastos com a internação da mãe em uma unidade particular. "Não conseguimos saber se ela entra no hospital como enfermaria comum ou na ala cirúrgica, e os valores são diferentes. O caso repercutiu, então muita gente está se mobilizando para ajudar". *G1— Foto: Reprodução

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