Os pais do bebê que foi operado ainda na barriga da mãe para corrigir uma malformação congênita no intestino, em São José do Rio Preto (SP), comemoraram o sucesso da cirurgia e a possibilidade de agora poderem segurar a filha Maya no colo e levá-la para casa logo após o parto, já que não precisará ser operada depois do nascimento. “Eu acho que a Maya já nasce muito abençoada por ter passado por uma cirurgia feita por profissionais totalmente qualificados. Mas ela é ainda mais abençoada por conseguir ajudar outras mães que agora podem optar pela cirurgia dentro do útero e conseguir segurar o filho da forma mais rápida”, afirma o pai da menina, Victor Guimarães, de 28 anos. O procedimento foi feito no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) nesta segunda-feira (17). De acordo com a unidade, participaram da cirurgia médicos do Hospital da Criança e Maternidade de Rio Preto, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, da Universidade de Taubaté e do Hospital de Baia Blanca, da Argentina. O bebê operado está com 33 semanas de gestação e possuía gastrosquise, que é uma abertura nos músculos e na pele da parede abdominal que permite que o intestino fique para fora do abdômen. De acordo com a médica especializada em medicina fetal, Denise Araújo Lapa o procedimento de fetoscopia para corrigir uma gastrosquise é o primeiro a ser feito em todo o mundo. “Já existia algumas iniciativas teóricas da resolução, mas, aqui no Brasil, a gente também avançou na cirurgia da mielomeningocele, o que nos permitiu dar mais um passo com muita confiança e tranquilidade porque já conhecemos os riscos maternos”, afirma a médica.*G1 — Foto: Carolina Paschoalo/G1