O Ministério da Educação afirmou, pouco antes das 20h desta quinta-feira (11), que a nova Política Nacional de Alfabetização (PNA) será "baseada em evidências científicas" e terá como objetivo atingir a meta do Plano Nacional da Educação (PNE) que determina às escolas "alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do ensino fundamental". Pouco antes das 22h, o governo publicou edição extra do "Diário Oficial da União" com o decreto da PNA. Nela, uma das diretrizes estabelece a "priorização" a alfabetização das crianças já no primeiro ano do ensino fundamental, e reformar o ensino infantil para incluir mais espaço para atividades de pré-alfabetização. Na semana passada, o G1 mostrou que um rascunho da política, elaborado no MEC e que chegou até a Casa Civil, indicava que a pasta estudava definir essa priorização. Segundo as informações divulgadas pelo MEC ao G1 na noite desta quinta, a mudança passa a levar em conta determinação do PNE, aprovado em 2014 e com vigência até 2024. Já a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada em dezembro de 2017, diz que a alfabetização deve ser "o foco" durante os dois primeiros anos do fundamental, mas não chega a estipular um prazo máximo ou mínimo de conclusão do ciclo. A pasta não divulgou o documento assinado pelo presidente Jair Bolsonaro na manhã desta quinta, durante a cerimônia que marcou os 100 dias do novo governo, e não especificou nenhum dos objetivos da política. "O decreto que institui a política será oficializado com a publicação no Diário Oficial da União", afirmou o ministério, que não informou quando isso aconteceria. "A principal mudança trazida pela Política Nacional de Alfabetização é a fundamentação de novos programas e ações em evidências das ciências cognitivas, como foi feito em diversos países que melhoraram a qualidade da alfabetização, como Portugal, França, Reino Unido, EUA e Finlândia", diz o MEC. Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo *G1