Os presos do Complexo Penitenciário Campinas Hortolândia liberaram, no início da tarde desta terça-feira (12), os dois agentes penitenciários que ainda eram mantidos reféns após 20 horas de rebelião, que começou na tarde de segunda (11). A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) confirmou, em nota oficial, que a ação dos detentos chegou ao fim e os funcionários não ficaram feridos. Um servidor já havia sido solto durante a manhã. O presidente da entidade, João Rinaldo, afirmou que os três agentes penitenciários que foram mantidos reféns foram liberados em troca de comida para os presos. Rinaldo disse ainda que os detentos pedem a saída da diretoria da unidade prisional com a alegação de maus-tratos. "Até ontem (segunda), as reivindicações deles ainda estavam muito confusas. Eles pediram a saída da direção da unidade, mas não conseguiam se comunicar direito entre os pavilhões para definir os pontos da lista", informou o presidente. A SAP afirmou que, durante a rebelião, a segurança externa do local foi reforçada e no meio da madrugada policiais atiraram em direção ao pátio onde ficam os presos. Os detentos reclamam de superlotação. Projetada para 855 pessoas, a unidade 2 tem 1.897 internos, ou seja, 121% acima da capacidade.