Após ser impedido de votar por estar 'morto', comerciante descobre certidão de óbito e túmulo em seu nome.
Brasil
Publicado em 25/10/2018

De frente para uma sepultura no Cemitério da Saudade, em Mogi das Cruzes, Carlos Fernando Moreno Manzano observa a lápide com o próprio nome, com morte datada em 28 de novembro de 2017. O caminho que levou o comerciante até o túmulo começou no dia do primeiro turno, em 7 de outubro, quando ele foi informado por mesários que não poderia votar porque estava morto. Em 29 anos como eleitor, esta foi a primeira vez que o morador de Suzano, cidade vizinha a Mogi, não pode exercer seu direito. Ainda tentando provar estar vivo, Carlos Fernando vai precisar ficar mais uma vez longe das urnas no segundo turno. "Todo ano eu anulo meu voto. Dessa vez que eu tinha escolhido meus candidatos, não consegui votar!" O comerciante já teve acesso até ao próprio atestado de óbito em um cartório e visitou o túmulo onde alguém foi enterrado em seu nome. Com os documentos em mãos, Carlos Fernando procurou a polícia e registrou um boletim de ocorrência por falsificação de documento público. Na delegacia, passou pelo processo de legitimação, por meio da coleta das impressões digitais para confirmar que elas são as mesmas da pessoa cadastrada no número de RG dele.

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