Uma mulher foi atingida por uma substância corrosiva na estação Itaquera do Metrô, na Zona Leste de São Paulo. Nesta terça-feira (19), cerca de 24 horas depois, ela passava pela quarta delegacia na tentativa de registrar um boletim de ocorrência. Na manhã de segunda-feira (18), a analista de operações Karoline Leite Ramos Pereira estava a caminho do trabalho na escada rolante lotada, quando sentiu um líquido quente nas costas. Ela não viu o que aconteceu, mas foi alertada por uma mulher que estava próxima a ela. “Ela disse, ‘filha do céu, está saindo fumaça do seu vestido, está saindo faísca!’, e começou a abafar com as mãos”, contou Karoline. “Foi desesperador. Você não sabe o que é, você não sabe quando vai parar de fazer efeito”, continuou. A substância, parecida com cola forte, destruiu o vestido e causou irritação na pele de Karoline. Ela disse que procurou ajuda de um segurança do Metrô, mas não encontrou ninguém e foi auxiliada pelos outros passageiros. Ainda na segunda, Karoline e o marido passaram por um hospital e por três delegacias - o 63º Distrito Policial (DP), o 64º DP e o 32º DP, mas um local estava sem sistema e os outros dois alegaram que estavam com muitas ocorrências. Ela só voltou para casa depois da meia-noite e só conseguia registrar o boletim de ocorrência nesta terça, em sua quarta tentativa. “Sinto revolta, desespero. Me pergunto se amanhã isso vai acontecer de novo”, desabafa. A Secretaria da Segurança Pública disse que vai apurar o caso. O Metrô disse que Karoline não pediu ajuda a nenhum funcionário na estação Itaquera, mas que vai colaborar com as investigações.