Uma pessoa foi indiciada em um inquérito policial , com base na Lei de Racismo, por discriminação religiosa. Segundo a Polícia Civil, um homem que se identificou como pastor Daniel Martins Francisco publicou vídeo em redes sociais, onde aparece quebrando imagens religiosas de um terreiro. As gravações foram entregues à polícia pela Secretaria estadual de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos (SEDHMI) , na última semana, após uma denúncia recebida pela SEDHMI. No vídeo, gravado no dia 29 de agosto, no Bairro Jardim Paraíso, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o pastor diz que os santos eram imagens de demônios que atormentavam uma família. De acordo com as investigações da 58ª DP (Posse), as peças destruídas seriam de uma filha de santo que teria se convertido a religião do pastor.A Lei de Racismo prevê que, em casos de condenação por este tipo de delito, a pena varia de dois a quatro anos de prisão. Átila Alexandre Nunes, secretário de Direitos Humanos, disse que os verdadeiros evangélicos não são intolerantes. O secretário também defendeu punição para os autores da serie de ataques a terreiros de umbanda e candomblé. Segundo a SEDHMI foram registrados pelo menos 32 ocorrências deste tipo desde o início do ano. Só nas duas últimas semanas, oito terreiros foram depredados em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A SEDHMI e a Secretaria de Segurança devem divulgar, até o final de 2017, a criação da Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI). A unidade será a primeira no Rio de Janeiro encarregada de investigar ataques em série de intolerância religiosa.