Mãe e companheira são presas pela morte de criança de 3 anos no Complexo do Alemão
Brasil
Publicado em 31/07/2023

Duas mulheres foram presas no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, no último domingo (30), pela morte de um menino de 3 anos e 9 meses. De acordo com um morador, a mãe do garoto veio de São Paulo para viver com a companheira na comunidade.

A prisão foi feita por agentes da 21ª DP (Bonsucesso) em parceria com o 3º BPM (Méier).

A mãe do menino foi identificada como Pamela Viana Cardoso de Sousa, e a companheira, como Lorranny Beatriz Cosme.

Pamela Vianna Cardoso de Sousa e Lorranny Beatriz Cosme — Foto: Reprodução

Pamela Vianna Cardoso de Sousa e Lorranny Beatriz Cosme — Foto: Reprodução

 

Segundo o mesmo morador, desde que o filho de Pamela chegou ao Alemão, ele passou a aparecer com vários machucados pelo corpo. Ele disse que as mulheres afirmavam não saber o motivo pelo qual Davi Lucca Vianna de Almeida estava machucado. A testemunha afirmou que a criança também apareceu com o braço quebrado, e elas afirmavam que ele havia caído da escada.

“A criança só aparecia machucada, com uma marca roxa aqui, uma marca roxa ali, e eles sempre falavam que não tinha acontecido nada, que ele tinha caído, que ele tinha se machucado brincando. Até que um dia o Davi apareceu com o braço quebrado e uma marca na barriga, e elas falaram que ele se machucou caindo da escada”, contou uma testemunha, ressaltando que depois disso a criança não brincava mais na rua.

Pamela Viana Cardoso de Sousa e Davi Lucca Vianna de Almeida — Foto: Reprodução

Pamela Viana Cardoso de Sousa e Davi Lucca Vianna de Almeida — Foto: Reprodução

 

O homem disse que elas ficaram cerca de um mês fora de casa e, no domingo (30), Lorranny apareceu com o menino passando mal.

De acordo com a Polícia Civil, Lorranny e Pamela levaram Davi Lucca para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho, também na Zona Norte do Rio de Janeiro, com a ajuda de uma vizinha.

A criança chegou ao local com uma parada cardiorrespiratória e morreu. O menino tinha marcas de lesões pelo corpo que apontavam um possível espancamento.

Policiais militares do 3º BPM (Méier) foram acionados, e as mulheres foram levadas para 21ª DP.

De acordo com a PM, os agentes foram acionados por uma médica da unidade após ela observar que o menino tinha sinais de maus-tratos.

Lorrany, responsável pelo menino, disse que o deixou sozinho no quarto quando ouviu um estrondo. Em vez de encaminhá-lo para atendimento médico de forma imediata, ela realizou manobras por conta própria, como tapas e sacolejos para fazê-lo voltar a respirar.

De acordo com os investigadores, Pamela mentiu em depoimento quando afirmou que saiu de casa e que estava tudo bem com Davi.

A Polícia Civil constatou no corpo da criança lesões incompatíveis com o relato, e que seriam mais antigas do que o domingo e que, por conta disso, as duas foram presas.

 

 
 
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