Michel Temer corre contra o tempo. A cada dia que passa, diminuem as chances de o presidente aprovar no Congresso as reformas da Previdência e Trabalhista. Vários motivos justificam esse cenário. Um deles é a baixa popularidade do presidente, explicada em parte pela não recuperação da economia, pelo elevado desemprego e pela reprovação popular às reformas. Além disso, o avanço da Lava Jato tem sido decisivo para o enfraquecimento do presidente, que vem perdendo o comando da base de apoio. As delações de 77 executivos da empreiteira Odebrecht estão atingindo em cheio desde o presidente até seu núcleo mais íntimo de amigos, como os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha. Outros nomes fortes do partido, como Henrique Alves, Geddel Vieira Lima, José Yunes e Romero Jucá, já tiveram de deixar o governo após denúncias surgidas dentro e fora da Lava Jato. Para recuperar terreno, Temer se reuniu com aliados no último domingo (9), na residência oficial do presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ).