O gerente do Instituto de Criminalística, Olegário Augusto, explicou que o corpo de Luana foi carbonizado e, por isso, a identificação foi feita por DNA.
Reidimar contou à polícia que tentou estuprar Luana, mas ela resistiu. Por isso, ele enforcou a menina até a morte. Queimou o corpo dela, enterrou no quintal de casa e jogou cimento para dificultar as buscas da polícia.
O ajudante de pedreiro detalhou aos policiais como abordou Luana no meio da rua e a convenceu a entrar no carro dele:
"Falei para ela que estava devendo dinheiro aos pais dela e que iria passar o dinheiro para ela. Falei que ia levar ela na casa dela. Eu matei ela enforcada", detalhou o suspeito.
Reidimar Silva confessa que matou menina de 12 anos enforcada e enterrou no quintal de casa em Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
O g1 não localizou a defesa de Reidimar Silva para se manifestar sobre a prisão até a última atualização desta reportagem.
O carro de Reidimar foi visto na rua quando a menina voltava para casa com a sacola de pães na mão. A polícia localizou o veículo e fez perícia, mas a menina seguia desaparecida.
Câmeras de segurança filmaram a Luana andando na rua em direção à padaria e depois voltando. O momento em que ela entra no carro do suspeito não foi registrado
A menina Luana Marcelo Alves era dedicada aos estudos para realizar o sonho de ser médica, conforme revelou a avó Fátima Coelho.
"A Luana era querida e amada por todos. Tinha o sonho de estudar medicina. Uma menina que não dava trabalho, era inteligente, honesta e estudiosa. Para quê fazer isso?", lamentou Fátima Coelho.
Luana era tão dedicada aos estudos que até brincou com o pai, na semana antes de ser assassinada, que neste ano não precisava mais ir à escola, porque já tinha sido aprovada em todas as disciplinas.
Robson Marcelo dos Santos, pai de Luana Marcelo Alves, encontrada morta após desaparecer em Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
O pai da menina contou que a filha era um exemplo de responsabilidade. Entre atividades da escola, vídeos de “dancinha” e brincadeiras, ela ajudava a cuidar da casa como gente grande.
“Como a mãe dela trabalha muito e eu também, ela meio que era a dona da casa, ela ligava para mim: ‘papai, hoje o senhor vem almoçar? Porque eu vou fazer’. Eu avisava ela”, relembrou.
Robson disse ainda que a filha era à frente do seu tempo.
“Ela não era uma menina, era uma menina mulher, tinha responsabilidade de gente adulta no corpo de uma criança”, desabafou.
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Luana Marcelo Alves, de 12 anos, foi morta e enterrada por vizinho em Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera