Lote inaugural do 1° absorvente 100% biodegradável produzido no Brasil é lançado: 'impactar a vida de milhares de mulheres'
Brasil
Publicado em 17/11/2022

O lote inaugural do primeiro absorvente 100% biodegradável produzido no Brasil foi lançado pela Ecociclo, empresa baiana formada por mulheres, nesta quinta-feira (17). Um pacote com oito unidades custa R$ 25 e a venda está disponível na internet.

"São mais de mil pessoas inscritas na pré-venda do absorvente, todas receberam o e-mail para fazer a primeira compra. Nessa primeira produção, a gente limitou um pacote por pessoa, porque nosso objetivo é colher feedbacks das clientes", disse Patricia Zanella, uma das responsáveis pelo marketing e pela gestão financeira do produto.

 

 

"A gente está bem animada para ouvir os feedbacks, fazer essas vendas e continuar com a segunda, terceira produção até realmente ter a nossa indústria e poder impactar a vida de milhares de mulheres", contou a integrante do grupo.

 

Lote inaugural do primeiro absorvente 100% biodegradável produzido no Brasil é lançado por mulheres na Bahia — Foto: Arquivo Pessoal

Lote inaugural do primeiro absorvente 100% biodegradável produzido no Brasil é lançado por mulheres na Bahia — Foto: Arquivo Pessoal

De acordo com Patricia Zanella, os absorventes são atóxicos e hipoalergênicos, têm abas descartáveis, e se degradam em seis meses, enquanto os comuns levam até 500 anos de decomposição.

Todas unidades foram costuradas a mão e esterilizadas, conforme os padrões recomendados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

Processo de criação

 

Hellen Nzinga,  Patrícia Zanella, Adriele Menezes e Karla Godoy criaram a EcoCiclo — Foto: Arquivo Pessoal

Hellen Nzinga, Patrícia Zanella, Adriele Menezes e Karla Godoy criaram a EcoCiclo — Foto: Arquivo Pessoal

A Ecociclo foi criada após a publicitária baiana Hellen Nzinga conhecer Patricia Zanella e Karla Godoy em um programa gratuito de formação de lideranças, no programa Prolíder, em São Paulo, em 2018.

A ideia do grupo era desenvolver um produto mais barato que o tradicional, com decomposição na natureza mais rápida e que trouxesse mais benefícios à saúde das usuárias.

A quarta integrante da Ecociclo é Adriele Menezes. A engenheira química é amiga de Hellen e foi convidada para assumir a questão mais técnica do produto.

Além de ter um absorvente biodegradável, vegano e hipoalergênico do Brasil, a ideia do grupo é ter um projeto social que ofereça emprego para as mulheres na produção do produto.

“Um absorvente normal é feito de plástico, derivado do petróleo, ou seja, ele demora de 100 a 500 anos para se decompor e é tóxico, porque é um plástico, então pode causar doenças, infecções e alergias”, explicou Hellen em entrevista ao g1, em março de 2020.

 

 

“Uma pessoa que menstrua usa de 10 a 15 mil absorventes durante a vida, ou seja, são 10 a 15 mil absorventes que levam até 500 anos para se decompor. O primeiro absorvente foi criado em 1940, então o primeiro absorvente criado existe no mundo até hoje".

 

Lote inaugural do primeiro absorvente 100% biodegradável produzido no Brasil é lançado por mulheres na Bahia — Foto: Arte g1

Lote inaugural do primeiro absorvente 100% biodegradável produzido no Brasil é lançado por mulheres na Bahia — Foto: Arte g1

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