A decisão é do juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal do Rio.
Monteiro foi levado para o presídio de Benfica por volta das 7h40. Ele foi retirado por uma porta lateral da delegacia onde estava detido. Ele ainda deve passar por exame de corpo de delito.
O caso pelo qual o parlamentar responde teria ocorrido no dia 15 de julho, já depois da divulgação de outras denúncias contra ele, inclusive por estupro. Portanto, o pedido de prisão preventiva faz parte de um novo processo, diferente, por exemplo, dos casos que foram analisados pelo Conselho de Ética da Câmara do Rio, que pediu a cassação do mandato do então vereador Gabriel Monteiro.
Uma estudante de 23 anos afirma que conheceu Gabriel na boate Vitrinni, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e de lá foi levada para a casa de um amigo de Monteiro, no Joá, na Zona Sul.
Segundo a vítima, no local, Gabriel teria a constrangido a fazer sexo com ele, com violência, passando uma arma no seu rosto, empurrando-a na cama, segurando seus os braços e dando tapas na cara da vítima.
A mulher contou na delegacia que Gabriel a empurrou para a cama, arrancou sua roupa e começou a se relacionar sexualmente com ela de "forma também violenta". Ela disse aos investigadores que Monteiro passou a interroga-la e a cada resposta ou negativa ela ganhava um tapa no rosto. A mulher afirmou ainda que tentava se defender das agressões, mas o ex-PM lhe disse: "se você continuar assim, vai ser pior. Eu vou lhe espancar". Após isso, ela teria dito que parou de se defender e que começou a chorar.
Na decisão, Rudi Baldi Loewenkron também determinou que sejam aprendidos celulares e armas de fogo do acusado. O processo corre em segredo de Justiça.
Por meio de sua rede social, Gabriel Monteiro negou o crime e disse que vai provar sua inocência.
"Fiquei sabendo pela minha advogada que foi decretada a minha prisão preventiva por um crime que eu não fui escutado na delegacia. Respeito as autoridades e por isso estou vindo aqui. Não fui conduzido pela polícia. Assim que fiquei sabendo vim imediatamente me entregar para a Justiça porque acredito nela e sei que minha inocência vai ficar comprovada. Não só tecnicamente, mas também para todo o Brasil, de forma que fique incontestável qualquer acusação contra mim", disse Monteiro antes de se entregar.
Vereador cassado
Gabriel teve seu mandato cassado no dia 18 de agosto, após uma votação no plenário da Câmara, por quebra de decoro parlamentar.
Nas denúncias analisadas pela Câmara, constam quatro acusações de mulheres que dizem ter sido estupradas.
Ao menos três delas afirmaram que as relações começaram de forma consentida e passaram para uma situação de violência.
Sempre que se pronunciou, Gabriel Monteiro negou os crimes.