Em depoimento à polícia, o jovem detido alegou que sofria bulliyng dos colegas. A Secretaria da Segurança Pública do Ceará afirma que a arma utilizada nos disparos pertencia a uma pessoa com registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).
Três pessoas foram baleadas no tiroteio; duas já receberam alta. O terceiro estudante, baleado na cabeça, está em estado grave de saúde desde que deu entrada no hospital.
O atirador, de 15 anos, estuda na mesma sala de aula das três vítimas, onde cursam o 1º ano do Ensino Médio. O aluno havia ido para a aula no horário normal, levando livros e material escolar. O vigilante da escola não percebeu que ele estava com arma escondida sob o uniforme escolar. Por volta das 10h, ele fez os disparos que atingiu os colegas de sala.
A Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) lamentou o ocorrido e informou a Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede) 6, responsável pela região, adotou imediatamente as providências necessárias para socorro das vítimas e acionamento do trabalho policial.
Família de vítima nega bulliyng
A mãe de um dos estudantes baleados disse à TV Verdes Mares que os jovens atingidos pelos disparos não praticavam bullying contra o garoto que atirou. A Secretaria da Educação do Ceará afirma que a escola não tem registros formais dos insultos no ambiente escolar.
"Ele [meu filho] não sabe o que aconteceu, mas disse que ele [aluno que estava armado] atirou nos amigos dele. Não foi nos que faziam bullying", declarou a mãe de um dos atingidos. O filho dela foi atingido na perna e já deixou o hospital.
"Todos dentro da sala, na hora do recreio, aí o menino saiu, voltou, mas não sabia se ele estava armado. Quando percebeu, já foram os tiros. Ele estava sentado na janela, e o tiro atingiu a perna dele", disse a mãe de um estudante.