Até esta segunda-feira, já foram contados 104,4 milhões de habitantes, o que corresponde a 48% da população estimada (215 milhões de pessoas). O ritmo é bem mais lento que o do Censo 2010. Naquele ano, após 57 dias de coleta de dados, tinham sido recenseadas 154 milhões de brasileiros.
“A operação está atrasada. Diante do cenário de atraso e da dificuldade de contratar recenseador, a gente vai prorrogar a coleta de dados para o início de dezembro. Queremos entregar ainda este ano os primeiros dados para cumprir a exigência do Tribunal de Contas do Município, por causa do Fundo de Participação dos Municípios”, afirmou ele.
Azeredo atribuiu ao mercado de trabalho aquecido a dificuldade de contratar recenseadores e minimizou a influência dos atrasos nos pagamentos dos trabalhadores temporários que foram contratados. Ele argumentou que o atraso de pagamentos foi pontual e reflete um problema operacional e não falta de recursos.
“Não é porque a gente não tenha recursos, temos todos os recursos centralizados no IBGE. Nossa diretoria operacional está trabalhando no sentido de reduzir esse atraso no pagamento de recenseadores, mesmo que seja pontual”, disse.
O diretor de pesquisas do IBGE admitiu, no entanto, que “provavelmente” serão necessários mais recursos para completar a operação. O orçamento do Censo Demográfico é de R$ 2,3 bilhões, o mesmo valor nominal previsto desde 2019. Isso significa que não houve nenhuma atualização do valor para descontar a inflação registrada em mais de dois anos.