Em estado grave, ela foi socorrida e transferida para Campo Grande. Dias depois, a mulher acordou, foi encaminhada para o quarto e contou a sua versão, apoiada pelo pai.
Segundo o pai, o casal teve uma briga e, durante a discussão, o homem teria jogado quatro litros de gasolina no quarto. Tudo estava encharcado de combustível, mas a mulher tentou contornar a situação, pediu para os filhos saírem para brincar e ficou na casa.
A briga continuou até que o marido de Pamela deu socos e chutes na esposa, até ela cair na cama, momento em que riscou o fósforo e fechou a porta.
Ainda conforme o avô, a neta mais velha procurou a irmã de Pamela e contou o que tinha acontecido, mas depois foi ameaçada de morte pelo pai, caso revelasse a verdade. “Sentou os dois e falou que se contassem, mataria os dois”.
Desesperada com a morte da irmã, a tia das crianças acabou revelando a verdade aos pais, mesmo diante dos pedidos da sobrinha para manter segredo. Dias depois, quando conseguiu falar, a própria vítima acusou o marido.
Para a reportagem, o pai de Pamela explicou que a filha viveu com o marido por 11 anos. Por um tempo, eles moraram em uma fazenda, mas conseguiram comprar uma casa em Rochedo e se mudaram para lá. Já estavam no município há 8 anos.
Diante das informações de que Pamela sofria de problemas psicológicos e teria tentado tirar a própria vida, o pai afirma não acreditar nessa hipótese.
“Minha filha tinha problema de saúde, tinha que manter o peso devido a um medicamento, que é manipulado. Todo dia ela me mandava mensagem dizendo que tinha conseguido emagrecer”, lamentou.
O avô disse ainda que espera por justiça e, com a morte da filha, luta pela guarda das crianças. O caso segue sendo investigado.