De acordo com a polícia, em julho, estelionatários usaram perfis falsos nas redes sociais para se passar por uma agência de viagens real de Curitiba. Eles prometiam fazer o traslado dos familiares com menos burocracia e sem necessidade de visto, mas o dinheiro enviado para uma conta na República Dominicana não teve o destino esperado.
"Tá muito difícil mandar dinheiro para o Haiti, para comer, para pagar escola", diz Jean Thesalus, vítima do golpe.
Ele é primo de Wikline Lexume, auxiliar administrativa que mora há seis anos em Estrela e tem quatro filhos no Haiti. Ela alugou um apartamento e mobiliou esperando trazê-los de forma legal ao país.
"Eu não tenho nada na conta", lamenta.
A agência verdadeira inclusive respondeu a família dizendo que era um golpe e que outras pessoas já haviam sido enganadas. O delegado Humberto Röehrig alerta para desconfiar de serviços com preços muito abaixo do mercado. Ele diz ainda que a polícia tenta rastrear o caminho do dinheiro para tentar reavê-lo.
"O próprio depósito da vítima foi feito em uma agência que encaminha o dinheiro para fora do país. A gente tá trabalhando para apurar qual é a conta vinculada", afirma.