Os preços de venda de combustíveis às refinarias pela Petrobras são um dos fatores de composição do preço final dos combustíveis, junto com impostos e fatia de distribuidoras e revendedores.
A Petrobras afirma que, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,96, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba.
Por lá, a gasolina teve queda nas últimas três semanas, por conta da limitação do ICMS aprovada pelo Congresso Nacional. A proposta teve origem na Câmara, onde foi aprovada com o objetivo de reduzir os preços, principalmente, dos combustíveis e da conta de luz em ano eleitoral.
A medida fez o preço médio da gasolina passar de R$ 7,39 para R$ 6,07. A redução nas refinarias deve empurrar o valor ainda mais para baixo.
A Petrobras ainda se vale da redução dos preços do petróleo Brent desde fevereiro, que chegaram perto dos US$ 140 no estouro da guerra na Ucrânia e hoje giram em torno dos US$ 100.
Segundo a petroleira, a redução "acompanha a evolução dos preços internacionais de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio".
Desde que foi instaurada a política de paridade de preços internacionais (PPI), em 2016, a Petrobras tenta parear o preço da gasolina na refinaria com o preço internacional. Ou seja, os reajustes são resultado das oscilações dos preços do petróleo e do câmbio.
Mas, mesmo com redução dos preços das commodities, o câmbio não aliviou. No fim de maio, o dólar comercial estava cotado na casa dos R$ 4,70. Hoje, opera próximo aos R$ 5,40.