Governadora determina investigação sobre agressões a homem que teve pés e mão amarrados no RN e diz que vítima é quilombola
Brasil
Publicado em 14/09/2021

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), usou as redes sociais para dizer que determinou ao secretário de segurança e à delegada-geral da Polícia Civil, uma investigação "imediata e rigorosa" sobre as agressões sofridas por um homem no município de Portalegre, no Oeste potiguar.

O posicionamento ocorreu após a repercussão do caso, nesta segunda-feira (13). Na publicação, Fátima ainda afirmou que o homem agredido é quilombola.

A governadora também afirmou que o governo "não será conivente e não compactuará com manifestações eivadas de discriminação, intolerância, ódio e abusos de quaisquer naturezas".

As agressões aconteceram no último sábado (11) e foram registradas em um vídeo gravado por testemunhas. As imagens mostram a vítima amarrada pelos pés e mãos e sendo chutada por um homem, que seria um empresário da região.

Polícia investiga tortura

 

O caso foi registrado na Delegacia de Plantão em Pau dos Ferros, antes do vídeo com as agressões ser divulgado.

“O relato que chegou à delegacia é que uma pessoa embriagada teria jogado pedras em um comércio. O dono do estabelecimento teria chegado ao local, visto os danos causados ao seu comércio e teria prendido o causador do dano até a chegada da polícia. A situação foi levada para a Delegacia de Plantão e o caso foi registrado. Mas, no dia de hoje (segunda-feira, 13), surgiram novas informações, inclusive o vídeo que mostra uma possível tortura”, disse o delegado de Portalegre, Cristiano Gouveia da Costa.

O vídeo mostra um homem no chão, com as mãos e os pés amarrados, chorando, enquanto um outro homem segura a corda. Em determinado momento o homem que segura a corda dá um chute nas costas do rapaz amarrado.

“Sem ter ouvido ninguém, só pelo vídeo, a gente já vê um crime de tortura porque o homem está preso, amarrado, e é agredido de forma covarde”, disse o delegado.

Ele explicou que o caso será investigado. “Vamos apurar para que cada um responda dentro da lei pelos seus atos”, explicou.

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