'Ter fé, mas lutar também'
Helena nasceu prematuramente, pesando apenas 900 gramas, enquanto a mãe estava em coma.
"Tudo ocorreu dentro da normalidade, mas, como a Helena nasceu de seis meses, o pulmão dela ainda não estava totalmente formado. Ela ficou intubada igual à mãe. Incrível, uma melhorava, e a outra também”, explicou Dircélia.
Mãe e filha começaram a melhorar progressivamente. O encontro, então, foi organizado pelas equipes do hospital, emocionando Dircélia e Milena.
“A Milena não acreditava que tinha tido uma filha. Ela não se lembrava de nada. Ela só reconheceu quando pegou no colo. Foi um momento incrível”, disse Dircélia.
Milena recebeu alta na última quinta-feira (6). Helena ainda continua internada, mas já pesa 1.200 quilos e respira somente com auxílio de um aparelho.
Por conta das complicações provocadas pela Covid-19 e do tempo que permaneceu internada, Milena teve a parte motora e órgãos afetados.
“Trabalhei 28 anos como enfermeira, cuidando dos outros, agora é a vez da minha filha. Ela vai começar a fisioterapia, porque não está conseguindo andar ”, disse Dircélia.
Para as pessoas que estão passando por um momento parecido com o que a família enfrentou, Dircélia afirma que a fé importante, mas a atitude é ainda mais.
“Todos os dias é um recomeço. Nós temos que ter fé, mas lutar também. Não é só ter fé. Precisamos ter atitude e ação. Sou terapeuta energética. Acredito muito em energia. Quando a Milena não reagia, eu conversei com minha família. Disse que precisávamos mudar a energia. Deu tudo certo no final. As duas nasceram de novo”, explicou Dircélia.