Jovem de 15 anos que matou pai a tiros em condomínio de Valinhos diz à polícia que agiu em legítima defesa e responderá em liberdade
04/08/2021 14:51 em Brasil

O adolescente de 15 anos que matou o pai a tiros em casa, em Valinhos (SP), afirmou à Polícia Civil que agiu em legítima defesa. O pai, um empresário de 42 anos, andava armado na residência e era violento com o filho e a mulher.

O assassinato aconteceu na tarde desta terça-feira (3), dentro de um condomínio de alto padrão no bairro Joapiranga. À noite, o jovem e a mãe estiveram na delegacia e foram liberados após prestar depoimento. O garoto vai responder em liberdade e, apesar da alegação de defesa, a polícia precisará investigar outras hipóteses.

Em depoimento, o jovem disse que atirou com uma das armas da coleção do pai depois de uma briga. Segundo ele, o pai agrediu a mãe e o ameaçou com uma barra de ferro. Funcionários da residência confirmaram a versão de que o homem era violento.

A Polícia Militar afirmou que adolescente pegou uma pistola que estava na casa e efetuou pelo menos três disparos. Na casa, os agentes encontraram 8 armas, entre pistolas, uma submetralhadora e um fuzil. As armas vão passar por perícia e a investigação vai apurar se os certificados são verdadeiros.

 

"Um tiro pegou na região do abdômen. A pessoa ferida conseguiu correr até o carro, e o garoto foi até o veículo porque, segundo ele, lá tinha outra arma e o homem iria utilizar essa arma contra o adolescente e a mãe. Por isso, ele efetuou mais dois disparos", disse o tenente da PM Juliano Cerqueira.

O corpo do empresário ficou caído dentro do carro. O resgate foi acionado, mas o óbito foi confirmado ainda no local.

 

 

Estelionato

 

O empresário tinha passagem na polícia por estelionato e usava nomes falsos.

O homem era conhecido por colecionar carros de luxo e atuava no mercado de comércio exterior e de som automotivo. Havia pelo menos três veículos na garagem da residência da família. A polícia ainda vai apurar se os carros foram adquiridos legalmente.

Investigação da morte

 

Apesar da alegação de legítima defesa, a polícia vai investigar outras hipóteses. "Com certeza a polícia judiciária e o Ministério Público vão investigar tudo, até por conta da quantidade de dinheiro e joias que havia na residência", afirmou o tenente.

 

O caso foi registrado na Delegacia de Valinhos como ato infracional e homicídio em legítima defesa. O garoto e a mãe deixaram o distrito policial sem falar com ninguém e acompanhados de um advogado.

 

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