Marcia Angola, de 40 anos, fingiu estar morta para tentar salvar sua vida. Ela foi chamada para uma corrida, na noite de sábado (24), e descobriu no caminho que era um assalto. Depois de ser brutalmente espancada, foi jogada de cima da Ponte do Rio Sepotuba pelos criminosos.
De acordo com a Polícia Civil, o delegado Rodolpho Garcia Bandeira representou pela internação provisória dos quatro adolescentes à Justiça.
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) representou pela internação e a 1ª Vara Criminal de Tangará da Serra decretou a internação dos quatro adolescentes. Eles aguardam vagas no sistema socioeducativo do estado.
A Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT) informou que recebeu o pedido de internação, no entanto, os adolescentes ainda vão passar por uma audiência em Tangará da Serra.
Na delegacia, eles foram autuados em flagrante por ato infracional análogo a roubo qualificado (tentativa de latrocínio), furto qualificado e associação criminosa.
Depois de praticar a tentativa de latrocínio contra a motorista de aplicativo, eles foram a uma cidade vizinha na mesma região, onde praticaram um furto em uma relojoaria e retornaram a Tangará da Serra.
Vítima
Marcia trabalha há dois anos como motorista de aplicativo e pede Justiça.
“Eu pensava muito no meu filho, que tem 7 anos. Como que alguém ia chegar nele e dizer que a mãe morreu? A gente sabe que são menores e que podem estar soltos a qualquer momento, mas que, na medida do possível, a justiça seja feita”, declarou à TV Centro América.
Marcia foi jogada no banco traseiro do veículo e ameaçada pelos ladrões. Eles queriam o carro dela e dinheiro, mas a motorista só tinha o dinheiro que estava no veículo.
A motorista teve o rosto vendado enquanto os assaltantes dirigiam em alta velocidade. O carro parou em cima da ponte do Rio Sepotuba, onde ela foi novamente agredida. Os adolescentes a carregaram pelos pés e pelas mãos e a jogaram no rio.
Marcia não sabe nadar e teve medo de morrer.
“Quando eu caí, só lembro que pedi a Deus para que eu caísse na água, porque se caísse na terra eu tinha morrido. Eu afundei quando voltei a superfície eu vi que eles estavam olhando. Eu continuei quieta e afundei de novo, deixei a água me levar rio abaixo, fui tentando me equilibrar, meio que boiando pois não sabia nadar e não podia ir para o fundo”, finalizou.
Depois que percebeu que os ladrões tinham ido embora, ela conseguiu sair da água, pediu socorro aos moradores de um sítio nas proximidades e foi encaminhada para atendimento médico.
Os adolescentes foram apreendidos na madrugada seguinte e confessaram o crime. Eles usaram uma arma de brinquedo para cometer o assalto.
O caso é investigado pela Polícia Civil de Mato Grosso.