Dona de casa morre e família denuncia à polícia intoxicação com produto ingerido durante exame em MT
Brasil
Publicado em 21/07/2021

Uma dona de casa morreu no sábado (17) depois de passar mal e sofrer intoxicação ao receber um produto químico que seria usado para fazer um exame de diabetes em uma clínica particular em Vila Rica (MT). Eva Correia de Souza, de 58 anos, fazia exames de rotina e começou a se sentir mal logo depois que recebeu o produto de uma funcionária.

A família de Eva registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil, que investiga a morte da dona de casa.

O G1 procurou a clínica, por meio do advogado, mas ainda não teve um posicionamento sobre o caso.

O filho de Eva, Gleidson Luiz Correia de Souza, diz que a família suspeita que ela foi vítima de um erro na clínica. A certidão de óbito aponta a causa da morte por intoxicação.

A família desconhece alergias ou problemas de saúde graves. Eva era considerada uma pessoa saudável, apesar de ser hipertensa.

 

“Ela fazia exames de rotina e deu a glicose alterada. O médico solicitou exames e ela foi nessa clínica. A funcionária ofereceu essa substância química e ela tomou. De imediato ela começou a passar mal, vomitou e foi levada para um pronto-atendimento”, contou o filho.

 

Eva, antes de tomar o líquido, ainda teria resistido e questionado o produto. Ela vomitou parte do produto enquanto era socorrida e passou por uma lavagem estomacal.

 

 

A dona de casa recebeu atendimento e ficou em observação, no entanto, começou a vomitar sangue e passou mal novamente.

Antes de morrer, ela falou com a família em ligações e disse que havia passado mal no exame.

 

“Ela foi intubada, sofreu duas paradas cardíacas e um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ela não tinha alergia e esse produto não é um medicamento, é um anticoagulante, um produto químico”, afirmou o filho.

 

Os médicos fizeram manobras de ressuscitação, mas ela não resistiu. Eva foi internada no começo da manhã e morreu no início da tarde.

 

A Polícia Civil requisitou exame de necropsia.

 

“Acreditamos que foi erro do laboratório. Na certidão de óbito o motivo consta intoxicação. A necropsia inicial ficou como indeterminada”, lamentou.
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