Wagner foi indiciado por homicídio, com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima, para assegurar a vantagem de outro crime e feminicídio.
No relatório do indiciamento do suspeito, a delegada Tathiana Guzella citou que homofobia foi uma das motivações do crime. Segundo as investigações, Wagner e Ana se divorciaram após a vítima assumir ser homossexual.
O suspeito de ser o executor do crime, Marcos Antônio Ramon, também foi indiciado por homicídio, com as qualificadores de motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.
Segundo a polícia, ele recebeu R$ 38 mil para matar a vítima.
A defesa dos dois indiciados informou que não teve acesso ao relatório do inquérito. A advogada Louise Mattar Assad informou que vai se pronunciar sobre o caso assim que tiver acesso ao documento.
Imagens de câmeras de segurança, divulgadas pela Polícia Civil, mostram um motociclista seguindo o carro de Ana Paula.
Nos dois vídeos divulgados é possível ver primeiro o momento em que o carro de Ana Paula sai do clube onde tinha ido. Depois, em outra rua, o veículo passa e em seguida a moto vai atrás.
No dia da execução, Ana Paula foi até o clube onde o ex-marido é presidente para fazer uma carteirinha que permitia acompanhar o treino dos filhos, que viviam com o pai.
A mulher estava separada havia cerca de quatro anos do marido. Segundo a polícia, ela tinha difícil acesso aos filhos.
Ao deixar o local, Ana foi seguida pela motocicleta vermelha que aparece no vídeo por cerca de 15 minutos, durante todo o trajeto, de acordo com as investigações.
Quando a vítima chegou à entrada do condomínio onde morava, o homem na moto parou ao lado do carro dela e atirou 14 vezes.
A RPC teve acesso a imagens de câmeras de segurança que mostram o momento em que Marcos Ramon retornou para casa, após os disparos.
Nas imagens, é possível ver o suspeito apenas com uma blusa preta, sem a jaqueta utilizada quando os disparos foram efetuados.
Laudos periciais obtidos com exclusividade pela RPC apontam que as imagens analisadas da roupa e da moto utilizadas na execução de Ana Paula Campestrini reforçam a hipótese de que Marcos Ramon, amigo do ex-marido da vítima, é o autor dos disparos.