Pazuello diz que Brasil não terá colapso na Saúde e reduz pela quinta vez previsão de vacinas para março
11/03/2021 14:29 em Brasil

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, declarou, na quarta-feira (10), que o sistema de saúde brasileiro "não colapsou, nem vai colapsar". A fala foi proferida no mesmo dia em que o país perdeu 2.349 vidas para a Covid-19, o maior número de mortes em 24h desde o início da pandemia. A declaração de Pazuello também é o contrário do que dizem secretários de Saúde, prefeitos e governadores ao redor do país (veja detalhes mais abaixo).

Na semana passada, o jornal "Valor Econômico" noticiou que pessoas no entorno do ministro previam que o Brasil teria 3 mil mortes diárias pela Covid em março.

Ainda na quarta-feira (10), Pazuello afirmou, também, que o Brasil receberia, neste mês, de 22 a 25 milhões de doses de vacinas, "podendo chegar a 38 milhões". A quantidade é menor do que a última previsão divulgada pelo Ministério da Saúde, no dia 6 de março, de 30 milhões de dosesA redução é a quinta feita nas previsões de doses a serem entregues no mês de março. (Veja detalhes mais abaixo).

 

 

Recordes de mortes e colapso nos estados

 

Depois de registrar, em fevereiro, o 2º maior número de mortes mensais desde o início da pandemia, o Brasil teve quatro recordes de mortes vistas em 24h só no mês de março. O primeiro foi no dia 2, quando 1.726 pessoas perderam a vida para a Covid.

No dia seguinte, mais 1.840 pessoas morreram pela doença, outro recorde diário. Os últimos dois picos foram vistos na terça (9), com 1.954 mortes, e na quarta (10), com 2.349 óbitos (veja gráfico).

Mortes registradas em 24h em março
 
8188181.7261.7261.8401.8401.7861.7861.7601.7601.4981.4981.0541.0541.1141.1141.9541.9542.3492.349Mortes registradas em 24h01/0302/0303/0304/0305/0306/0307/0308/0309/0310/035001000150020002500
Fonte: Secretarias de Saúde/Consórcio de veículos de imprensa/Levantamentos exclusivos G1

O colapso na Saúde que Pazuello afirmou que o país não teria também está acontecendo, segundo afirmações feitas por prefeitos, governadores, secretários de Saúde municipais e estaduais e profissionais na linha de frente. Dados de internações em UTIs também levaram a Fiocruz a dar "alerta crítico" para 20 estados.

Alguns estados já tiveram que alugar contêineres e abrir covas para acomodar os mortos pela Covid-19.

Veja algumas situações ao redor do país:

 

 

 
 
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