Suspeito de matar irmã a facadas no PI escreveu bilhete para vítima: ‘cuide das suas coisas’
18/02/2021 15:10 em Brasil

G1 teve acesso ao bilhete escrito pelo jornalista João Paulo Mourão, suspeito de matar a irmã, a advogada Izadora Mourão, antes do crime, ocorrido no sábado (13), em Pedro II, interior do Piauí. A carta foi apreendida por policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), entre objetos da vítima, para colaborar nas investigações do caso.

Na mensagem, o suspeito comunica à advogada para nunca mexer em suas coisas sem permissão e nem criar ‘confusão’ envolvendo o seu nome ou o da mãe deles.

A Polícia Civil acredita que, possivelmente, os dois possuíam desavenças devido a questões patrimoniais. 

 

“Pare de criar confusão e se prejudicar. Cuide-se, esqueça a vida alheia, cuide bem dos seus filhos, procure organizar-se em sua vida. Lembre-se que temos uma mãe já de idade e um irmão especial para cuidarmos”, escreveu o irmão.

 

 

Prisão Preventiva

 

João Paulo Mourão foi preso na segunda-feira (15), suspeito de matar a irmã com sete golpes de faca. Após passar por audiência de custódia, o Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) decretou a prisão preventiva do irmão da vítima.

De acordo com o coordenador do DHPP, Francisco Costa, conhecido como ‘Barêtta’, João Paulo preferiu se manter em silêncio. "Ele não fala, não confessa", relatou o delegado.

O suspeito ficará, agora, à disposição da Justiça, em uma unidade prisional do estado, aguardando julgamento.

A polícia ainda não concluiu o inquérito policial. A mãe e outros familiares também estão sendo investigados por suspeita de participação no crime.

 

Quarto lavado após o crime

 

As investigações apontam que, após matar a irmã com sete golpes de faca em seu quarto, o irmão teria ido dormir no quarto da mãe.

A mãe, ao encontrar a filha machucada no quarto, segundo a polícia, ligou para a empregada doméstica da casa e ordenou que ela lavasse o quarto onde aconteceu o crime.

 

“Lavaram o quarto, o sangue. Contudo, foram requisitadas perícias e o sangue humano, mesmo sendo lavado, deixa resquícios que a perícia criminal conseguem detectar”, disse Barêtta.

 

A mãe, segundo o DHPP, teria pedido ainda que a empregada doméstica dissesse aos policiais que o filho estava dormindo no momento do crime, criando um álibi para o suspeito.

A polícia não deu detalhes sobre como teria sido esse contato da mãe com a empregada. De acordo com Barêtta, a mãe, a empregada e outros familiares foram ouvidos e devem ser chamados a depor novamente em breve. Os policiais buscam determinar a participação de cada pessoa no caso.

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