O jovem estava com o primo, um atleta do futebol da base do Esporte Clube Bahia, que tem 15 anos, quando foi morto, no sábado (17). O jogador, que não teve o nome divulgado, foi levado para a 27ª Delegacia Territorial, no bairro de Itinga, sem ferimentos, onde foi ouvido e liberado.

Segundo a Polícia Militar, equipes faziam rondas no bairro Jardim Cidade Nova, quando encontraram dois homens em atitude suspeita a bordo de uma motocicleta. Eles fugiram ao perceberem a aproximação das viaturas.

Durante a perseguição, conforme a PM, houve troca de tiros e o adolescente que pilotava a motocicleta foi baleado e morreu.

A família de Guilherme da Silva nega a versão da polícia e diz que não entende os motivos que levaram os policiais a contarem a história desse jeito. Nesta segunda-feira (19), amigos e familiares fizeram um protesto, enquanto chovia na Avenida Anita Garibaldi, uma das principais de Salvador.

"Meu filho era um menino do bem, foi criado com muito amor. Olha a quantidade de gente que está brigando por isso. A gente não entende como é que ceifam a vida de um jovem e ainda o colocam como ladrão", afirmou o pai do adolescente.

Geraldo da Silva contou que o filho tinha o sonho de se tornar um jogador de futebol, mas não atuava profissionalmente.

"Estamos simplesmente arrasados, destruíram um sonho e acabaram com a vida não só do garoto, mas da família", lamentou.

O Bahia informou que presta apoio ao jogador. O clube não disse se o adolescente segue apreendido.

O adolescente foi ouvido na presença de advogados e familiares e liberado em seguida. Conforme declaração, ele não tinha conhecimento que o condutor da motocicleta estava armado. A unidade está com inquérito em andamento, apurando o caso.