A Flipelô será realizada entre os dias 9 e 13 de agosto, no Centro Histórico de Salvador. Em sua última edição, o evento reuniu diversos artistas e mobilizou toda a cidade, contando com rotas especiais de transporte.

Autora de nove livros que registram o saber ancestral das religiões de matrizes africanas, entre eles ''Meu tempo é agora” e “Òsósi – O Caçador de Alegrias”, em 2013 a homenageada Mãe Stella foi eleita por unanimidade ocupar a cadeira de número 33 da Academia de Letras da Bahia, cujo patrono é o poeta baiano Castro Alves.

Grande divulgadora das crenças religiosas africanas, a yalorixá recebeu diversas outras premiações como o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) em 2005. Quatro anos depois, a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) concedeu a mesma honraria.

Mãe Stella também foi agraciada com outros títulos, como a Comenda Maria Quitéria, a Ordem do Cavaleiro e a Ordem do Mérito, da Prefeitura de Salvador, Governo da Bahia e Ministério da Cultura, respectivamente.

Quando jovem, a então Maria Stella se formou em enfermagem e exerceu a profissão por cerca de 30 anos. Aos 51 anos, a religiosa foi escolhida pelos orixás para ser a nova líder do Ilê Axé Opó Afonjá, que fica no bairro de São Gonçalo do Retiro, em Salvador.

No terreiro, a yalorixá montou o primeiro museu aberto em uma casa de candomblé na Bahia. Por lá é possível fazer visitas e ver as roupas e os objetos usados pelas mães de santo da casa e pelos orixás. Mãe Stella morreu aos 93 anos, em dezembro de 2018, e deixou um imenso legado para a cultura brasileira.

A Flipelô 2023 disse que o anuncio é feito com alegria e se configura como um presente aos 474 anos de Salvador.